Como se fabrica um violão

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O processo de fabricação manual é feito por um luthier. (Foto: Reprodução)

O processo de fabricação manual é feito por um luthier. (Foto: Reprodução)

Um instrumento popular...

O violão é mundialmente ouvido em toda terra e está entre os instrumentos mais populares do mundo. Porque é tão popular? Provavelmente é porque, com apenas 6 cordas seu som pode despertar diferentes composições (Blues, Rock, Flamengo, Sertanejo, Pop, etc..). Além disso, o violão é fácil de ser carregado de um lado para o outro.

Seja como for, a maneira como o violão é feito produz uma grande diferença em seu som. Hoje, máquinas controladas por computadores podem produzir violões muito bons. Porém, podem ter certeza que os melhores violões são feitos com muito carinho e amor, por uma pessoa que é conhecida como luthier.

Sem a ajuda de máquinas, veremos como um luthier realiza a fabricação de um violão:

Como se fabrica um violão

Violão

As partes de um violão (Foto: Reprodução)

A primeira parte da fabricação de um violão começa pela seleção das madeiras a serem usadas. Cada peça é cuidadosamente selecionada:

Tampo da caixa acústica do violão ou caixa de ressonância: Uma das melhores madeiras para se usar é espruce. A maior parte do tampo e do fundo da caixa acústica é feita com duas madeiras iguais. Ambas são serradas a partir de uma mesma chapa e daí, abertas como um livro. Assim, as duas partes se tornam iguais com o mesmo potencial melódico. A maioria dos luthiers concorda que o tampo é a parte mais importante do violão, também concordam que a melhor madeira para esta parte do violão é o Jacarandá da Bahia.

A roseta: Aquele detalhe em volta da boca do violão é mais do que um ornamento. Ela pode ser feita com várias peças de madeira e ajuda na resistência do violão. Depois de colada, diminui-se a espessura do tampo que é cortado em forma de violão.

Laterais da caixa acústica: Para fazer aquela curvatura do violão, a madeira é geralmente macerada por 24 horas para permitir que a mesma possa ser dobradas e pressionadas. Os luthiers que utilizam dessa maneira para produzir violões, preferem desse modo porque o permitem ajustar a curvatura de cada lateral.

O braço: As madeiras mais usadas são o mogno e o cedro aromático. Elas são bem resistentes e também, relativamente leves. O braço recebe a moldagem final depois que todas as partes do violão estiverem coladas, exceto duas.

A escala: No fim, restam apenas a escala, feita de ébano, e o cavalete, feito de Jacarandá da Bahia, para serem colados. Afina-se a espessura da escala para 6 milímetros exados. A seguir, os trates são colocados nas fendas feitas no braço, em intervalos precisos. Esses espaçamentos entre os trastes são feitos através de fórmulas matemáticas. Se algum deles estiverem no lugar errado, o ouvido de um violonista logo vai perceber e daí, o violão não será aceito.

Cavalete: O cavalete é uma das partes mais vitais do violão e é tão importante quanto a escala. A maneira de colar o cavalete é fundamental, já que é ele quem segura as cordas. A posição do cavalete no violão segue a mesma fórmula matemática para a posição dos trastes. As cordas esticadas no violão exercem uma força de pelo menos 45 quilos, sem contar as vibrações de quando estão sendo tocadas. O cavalete é realmente muito importante.

Depois de tudo isso, o violão é limpo, polido e tem o acabamento feito na lixa. Só falta agora passar um verniz e daqui duas semanas o violão estará pronto para ser usado. Mas ele ainda não está pronto para o uso profissional, a maioria dos luthier dizem que o violão alcança sua melhor performance depois de seis meses de uso.

Assim, quando ouvir um violonista talentoso tocando, lembre-se que por trás das suas belas notas está a perícia de um luthier, que determina a qualidade do som que sairá dele.

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