O fim do conflito das células-tronco embrionárias

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Cientistas já descobriram como reprogramar células-tronco adultas, que passam a se comportar como embrionárias. O desafio agora é utilizá-las como peças de reposição em lesões e doenças degenerativas.

Elas são uma promessa que tem entusiasmado a medicina. Na concepção, não passam de 200, e são todas iguais. Mas, ao comando de um ainda desconhecido sinal genético, essas células começam a se reproduzir e construir todo o material celular diferenciado que compõe o organismo como  a pele, mucosa intestinal, cérebro, fígado, córnea, polpa. Por isso, as células-tronco, já apelidadas de células-curinga, não cessam de surpreender. Como obtê-las em quantidade, para servirem como peças de reposição em caso de doenças degenerativas, lesões e perdas de órgãos, ainda é um desafio para a ciência. E é um desafio que, nos últimos anos, provocou forte polemica em torno de questões politicas e éticas em diferentes países.

Um deles foi o Brasil. A Lei de Biossegurança, aprovada depois de muita discussão, em 2005, permitiu a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por fertilização in vitro, congelados já mais de três anos, desde que os pais autorizem.

Este é o motivo central da polemica: essas células-tronco são obtidas a partir de embriões humanos, o que é reprovado por grupos que se orientam por motivos religiosos, argumentando que o embrião já é equivalente a um ser humano e, por tanto, não pode ser destruído, mesmo que seja para salvar outras vidas. Mas uma descoberta pode transformar essa discussão em coisa do passado. Cientistas descobriram como reprogramar células-tronco adultas, que passam a se comportar como células-tronco embrionárias.

Conflito ético

No caso da polemica aberta no Brasil, uma ação de inconstitucionalidade tento barrar as pesquisas com células-tronco embrionárias até o ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal garantiu o seu prosseguimento. Nos Estados Unidos, por sua vez, elas estavam limitadas desde 2001, em razão de uma decisão do ex-presidente George W. Bush que proibia a utilização de recursos federais nos laboratórios que faziam pesquisas com células-tronco de embriões.

O novo presidente, Barack Obama, reverteu a decisão no inicio deste ano. “Muitas pessoas cuidadosas e decentes têm conflitos ou se opõem fortemente a esse tipo de pesquisa”, afirmou na ocasião. “Eu entendo suas preocupações, e nós devemos respeitar seu ponto de vista. mas precisamos tomar decisões cientificas baseada em fatos, não em ideologia”, disse, referindo-se aos grupos religiosos que são contra as pesquisas.

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