O Império Bizantino

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O Império Bizantino é geralmente uma matéria que os alunos do ensino médio tem. É muito possivel que caiam questões também em provas de vestibulares e concursos públicos. É sempre bom saber mais...

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O Reinado de Justiniano (527 a 565) 

Constantinopla. Capital do Império Bizantino ou Romano do Oriente. Foi fundada pelo imperador romano Constantino sobre a sede da antiga colônia grega de Bizâncio, na desembocadura do Bósforo, grande centro econômico e cultural. Foi uma das mais admiráveis cidades do passado. Possuía soberbos templos, um esplêndido aqueduto, o Hipódromo, centro da vida social, e a Igreja de Santa Sofia, marco do período áureo do Império: o reinado de Justiniano.

Justiniano. Foi o mais notável monarca de Bizâncio. Seus súditos o chamavam de “imperador que nunca dorme”. Sucedeu a seu tio Justino, ex-guarda, analfabeto, que chegou a ser rei. Realizou Justiniano grandes obras administrativas. Dilatou as fronteiras do Império. Viveu como verdadeiro déspota oriental, no luxo e no esplendor. Seu palácio era um foco de intrigas e corrupções.

 

Teodora. Filha de um tratador de ursos do Hipódromo, antiga bailarina, foi grande auxiliar de Justiniano. Possuidora de indiscutível inteligência e senso administrativo teve papel saliente no governo ao lado do marido.

Política Interna

 

O código de Justiniano. Uma das maiores realizações de Justiniano no campo intelectual foi a revisão e codificação do Direito Romano. Os juristas bizantinos, sob a orientação de triboniano, seguindo um plano metódico e sistemático, reuniram todas as leis e opiniões de jurisconsultos romanos, publicando sucessivamente:

Código, reuniões de decretos e editais publicados desde o reinado de Adriano;
Digesto ou Pandectas, compilação das interpretações dos jurisconsultos romanos;
Institutas, manual de Direito destinado aos estudantes;
Novelas, leis civis e religiosas mandadas elaborar por Justiniano.

O conjunto dessas obras recebeu o nome de Corpus Juris Civilis, ou Códigos de Justiniano, que manteve viva a tradição do Direito Romano.

A Igreja de Santa Sofia. Foi a mais notável realização de Justiniano no campo das artes. Obra-prima da Arquitetura bizantina, construída entre 532 e 537. Seu aspecto principal é a cúpula. Justiniano, ao inaugurá-la, disse: “Salomão eu te venci”. Igreja cristã tornou-se em 1453 uma mesquita. Hoje é um museu aberto a todos os povos. Tornou-se o modelo de outras igrejas no Império e seus métodos de construção influenciaram arquitetos do Oriente e do Ocidente.

 A Sedição Nike (532). Foi uma revolta popular que quase destronou o imperador. Iniciou-se nas querelas entre azuis e verdes. Partidos que se formaram nos espetáculos do Hipódromo, cuja rivalidade, deixando o terreno da natural competição, que era o da corrida de carros, ganhara acentuada feição política. Os rebeldes, aos gritos de Nike, que quer dizer vitória, provocaram arruaças. Justiniano pensou em fugir, mas Teodora o convenceu a permanecer na cidade dizendo-lhe: “Aqueles que cingiram a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, ó César, podes tentá-lo. Tens dinheiro, navios estão a tua espera e o mar continua desimpedido. Quanto a mim, fico. Gosto da máxima que ser a púrpura uma bela mortalha”. A revolta durou oito dias e foi sufocada por Belisário, que matou cerca de 30.000 pessoas no Hipódromo.

 As controvérsias religiosas. Justiniano, na tentativa de recuperar as províncias romanas, aproximou-se do papa e tomou atitudes mais energéticas para com os monofisitas, considerados heréticos pela Igreja Romana. Teodora, dedicada a essa doutrina, aconselhou o marido a tentar um acordo com os monofisitas. Justiniano solicitou a realização do Concílio de Constantinopla, em 553, para tratar da questão. Foram mantidas as decisões tomadas no Concilio de Calcedônia, convocado pelo Papa Leão, o Grande, em 451. A decisão de Justiniano foi mais favorável para os monofistas, mas a reconciliação obtida não foi duradoura. No fim do seu reinado, novas contendas religiosas surgiram.

Expansão do Império

 

As guerras de Justiniano. Justiniano pretendia recuperar o território romano na área do Mediterrâneo central e ocidental e assim restaurar o antigo Império Romano. Aproveitou a debilidade dos reinos bárbaros, em conseqüência de usurpações, corrupções e assassinatos. Seu exército era organizado e bem orientado por generais de valor, tais como: Belisário, Narsés, Múndua e João Troglita. Conquistou o reino dos vândalos, o reino dos ostrogodos, a Córsega, a leares no Mediterrâneo. Empenhou-se em guerras defensivas contra os persas, búlgaros e avaros.

Os Sucessores de Justiniano

 

Heráclio (610 a 641). Depois da morte de Justiniano, o Império caiu num período de anarquia. Seus sucessores, monarcas fracos, incapazes, fizeram com que o brilho adquirido no tempo de Justiniano desaparecesse e reinasse a desordem. Mas um grande soberano subiu ao trono em 610: Heráclio, filho do vice-rei de Cartago. Combateu os avaros. O patriarca Sérgio colocou à sua disposição os tesouros da Igreja, para serem gastos na luta contra os inimigos. Heráclio impôs a paz ao rei persa Siróes, que acabava de destronar e matar seu pai Khosróes II. Heráclio recebeu o título de basileu.

 Os sucessores de Heráclio. Depois da morte de Heráclio, novas crises abalaram o Império: usurpações, assassinatos, ataques de estrangeiros, principalmente dos búlgaros e dos árabes. Leão III (717), o Isáurio, deu inicio a uma nova dinastia, repetiu os árabes de Constantinopla e protegeu os quebradores de imagens, denominados iconoclastas. Irene, que se tornou imperatriz após matar seu filho Constantino VI, protegeu os inimigos dos iconovlastas e governou até 802, quando foi deposta por Nicéforo, seu ministro das finanças. A chamada “segunda idade de ouro” de Bizâncio começou com Basílio I, em 867. Desenvolveram-se as artes e as letras. Terminou a questão iconoclasta. Depois da dinastia macedônica, à qual pertencia Basílio I, subiu ao poder a dinastia dos Comenenos, que foi substituída pelos Paleólogos.

 A queda de Constantinopla (1453). A questão iconoclasta, as heresias, as revoltas internas, as guerras externas, as intrigas palacianas debilitaram o Império Bizantino, que foi se fragmentando até cair, em 1453, em poder dos turcos otomanos, comandados por Maomé II. 

A Cultura Bizantina

 

Organização Política

 O governo. Era monarquia absolutista. O imperador tinha o poder temporal e espiritual, como vigário de Cristo. A ascensão ao trono se fazia por hereditariedade, casamento e usurpação. Os funcionários eram numerosos e classificavam-se em funcionários da corte e funcionários reais.

Organização Social

 A sociedade. Era constituída de elementos de várias nacionalidades: sírios, armênios, eslavos, gregos. O povo gostava de espetáculos de circo, de corridas de carro, do luxo e de discussões inúteis sobre esportes ou religião, denominadas bizantinismo. A nobreza quase sempre estava em choque com o imperador. O clero, muito influente entre o povo, gozava de prestígio, porém a Igreja estava submetida ao Estado.

A Economia

 Agricultura, Indústria e Comércio. A agricultura bizantina era prejudicada pelas guerras constantes e pelas devastações. A grande propriedade absorvia a pequena. A vida rural era desorganizada.

A indústria era importante. Os bizantinos fabricavam sedas, tecidos de lã, estatuetas, lâmpadas, jóias, artigos religiosos.

O comércio era muito desenvolvido devido à excelente posição geográfica de Constantinopla. A partir da 4.ª Cruzada a atividade comercial passou para as mãos dos venezianos e genoveses.

As Artes

 A Arquitetura. Foi a mais importante arte bizantina. O estilo bizantino influenciou povos do Oriente e do Ocidente. Exemplos: Basílica de São Pedro, em Roma: Capitólio em Washington.

 A Escultura. Baseava-se principalmente em temas religiosos. Esculpiam pequenas estatuetas de marfim.

 A Pintura. Era importante. Pintavam imagens de ícones (santos), de aspecto austero, em metal, madeira dourada ou em mosaicos. Os pintores italianos, no fim da Idade Média, inspiraram-se na arte bizantina.

As Letras

 A História. Os historiadores bizantinos mantiveram a tradição da antiguidade clássica. O mais importante deles foi Procópio, que narrou as guerras de Justiniano e as intrigas da corte.

O Alfabeto Cirílico. Dois monges bizantinos, Cirilo e Método, idealizaram um alfabeto denominado cirílico, usado na conversão dos eslavos.

 As contribuições dos bizantinos foram: as artes, código de leis, alfabeto cirílico, desenvolvimento do comércio marítimo, preservação das obras literárias dos antigos gregos e romanos.

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