Questão nuclear sobre a Coreia Norte

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Quase 20 anos após o fim da Guerra Fria, o mundo ainda vive sob a ameaça de um conflito envolvendo armamentos atômicos, como mostra a crise com a coreia do norte.

Na madrugada de 25 de maio de 2009, 39 estacoes sísmicas ao redor do mundo detectaram um tremor de 4,52 graus na escala Richter na Coreia do Norte. Pensou-se primeiro, em terremoto. Mas não. Era um teste nuclear subterrâneo, conforme anunciou horas depois o governo norte-coreano. Foi a segunda explosão atômica subterrânea feita pelo país em três anos e provocou forte reação da comunidade internacional.

Em uma reunião de emergência convocada após o teste, o Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade a explosão e, imediatamente, passou a discutir uma resolução para endurecer as sanções contra o governo comunista norte-coreano, um dos regimes mais fechados do mundo.

Prós e contras

A pressão das potencias ocidentais sobre a Coreia do Norte expõe a tensão nuclear permanente sob a qual o mundo vive, quase duas décadas após o fim da Guerra Fria. O problema coreano é a crise do momento, mas está longe de ser o único que preocupa. Também na Ásia, a Índia e o Paquistão, ambos detentores de arsenal atômico, mantem tensa disputa de fronteiras há mais de 50 anos.

O Irã é outro foco de tensão, pois, apesar de o governo iraniano reafirmar a intenção pacifica de seu programa nuclear, o Ocidente teme que o enriquecimento de uranio tenha como finalidade desenvolver a bomba atômica. Ao mesmo tempo, tudo indica que, também no Oriente Médio, Israel tenha armamentos atômicos. E as preocupações vão além, porque é possível que parte do velho arsenal da União Soviética tenha caído em mãos ignoradas após a desagregação do país. Quanto às potencias atômicas, com mais de 40 anos do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o desarmamento ainda não andou.

Diferentemente do que muita gente pensa, o domínio sobre a energia do átomo não é sinônimo de poder destrutivo, pode também ter muitos efeitos benéficos para o ser humano. Entre eles citam-se a medicina, a produção de alimentos e as políticas ambientais como áreas nas quais a radioatividade exerce um papel importante.

Além disso, num mundo em que a produção de energia está baseada na queima de combustíveis fosseis com sua emissão de gases poluente, a geração de eletricidade com energia nuclear aparece como uma alternativa menos prejudicial. Basta lembrar que a França produz mais de 75% de sua energia elétrica em usinas atômicas. Não se pode esquecer, porém, o  perigo de contaminação das usinas em caso de acidente, como em Three Mille Island, nos Estados Unidos, 1979, e em Chernobyl, na URSS (região atual da Ucrânia), em 1986. Nesse ultimo acidente, o mais grave da história, uma nuvem radioativa cobriu boa parte da Europa. Dezenas de milhares de pessoas morreram, tanto no momento do acidente, quanto nos anos seguintes.

Quando se lida com energia nuclear todo o cuidado é pouco. Até um pequeno equipamento pode virar foco de um desastre. Isso ocorreu no Brasil em 1987, quando um aparelho de radioterapia, abandonado de forma irresponsável foi para em um ferro-velho em Goiânia. Feito em pedaços, liberou seu material radioativo, o césio 137, matando quatro pessoas e contaminando 621.

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